Schincariol - Plebiscito pela liberdade de expressão

O Sindibeb vai realizar um plebiscito nesta quinta-feira (15) para decidir se o pagamento da PR será de acordo com a proposta empresa ou segundo a aprovada pelos trabalhadores. Na assembleia do dia 13, os trabalhadores não puderam se posicionar com liberdade. Muitos reclamaram que se sentiram intimidados pela presença de um grupo de supervisores, que estavam pressionando o sindicato a assinar o acordo da PR proposta pela empresa.

O terrorismo da Schin funcionou da seguinte forma: se o sindicato não acatasse a proposta da empresa, não haveria pagamento da 1ª parcela da PR em agosto. A solução encontrada para que os trabalhadores se expressem com autonomia e liberdade foi pela votação por meio de um plebiscito, onde o voto é secreto através das urnas.

VALORES

Na proposta do sindicato, um trabalhador com salário de R$ 2.000,00 receberia em agosto R$ 1.900,00 de PR, enquanto na proposta da empresa, este receberia apenas R$ 1.200,00, se a pontuação de junho se mantiver em 112%. A PR aprovada pelos trabalhadores é baseada no valor fixo de R$ 2.000,00 e mais 90% do salário.

O Sindicato tenta negociar a PR há vários meses sem avanço nenhum por conta da total falta de interesse da Schincariol.

Agora, os trabalhadores, que já incluíram a PR em seus orçamentos, temem ficar sem a quantia por conta do terrorismo promovido pela empresa, o que não vai acontecer mesmo que não seja aprovada a proposta da empresa. A luta pelo pagamento de uma PR justa está só começando e não vai esmorecer mesmo que seja aprovada a proposta da empresa.

Pressão

Após a pressão da Schin, com gerentes, coordenadores e alguns supervisores presentes na assembleia para coagir seus subordinados, diversos trabalhadores procuraram o Sindicato para demonstrar sua insatisfação com a situação.

A pressão foi confirmada quando percebemos que os mesmos “participantes” da assembleia da manhã, estavam presentes na da saída dos trabalhadores do turno da noite. O sindicato, priorizando a livre expressão e, principalmente, os interesses dos trabalhadores, decidiu pela realização de um plebiscito.

Após o fim da assembleia, o sindicato enviou ofício informando à direção da empresa sobre o plebiscito e à tarde o negociador nacional Olavo Gozzano comunicou-se com o Sindibeb para acatar a decisão da realização do plebiscito.